Introdução
| Fonte: http://www.bocc.ubi.pt/pag/fonseca-celia-prisioneiros-do-silencio.pdf |
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) foi desenvolvida com o objetivo principal de gerar comunicação entre os deficientes auditivos e as pessoas que não são portadoras desta deficiência.
Há pouco mais de 10 anos, a LIBRAS já reconhecida como meio de comunicação importante para integração social dos deficientes auditivos, foi oficializada e regulamentada. Embora os avanços na metodologia e propagação da LIBRAS sejam notáveis, é intrigante o fato de que a LIBRAS não é uma disciplina fundamental nas escolas da rede pública de ensino. Ter o conhecimento da LIBRAS, é um privilégio dos portadores de deficiência auditiva e de quem procura aprender por interesse próprio. Como gerar integração e interação social dos cidadãos portadores de deficiência auditiva, se a sociedade como um todo não se adapta a eles?
A integração real dos deficientes auditivos na sociedade teria um maior exito pela difusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) através do sistema de educação brasileiro, pois, todos os cidadãos teriam acesso à mesma.
Instituição mais importante de Salvador
Fonte: http://leondanon.blogspot.com.br/2012/11/isto-sim-precisa-ser-divulgado.html
A APADA é uma Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do estado da Bahia, que não possui fins lucrativos, de Utilidade Pública Federal, foi fundada por um grupo de pais de deficientes auditivos em 08 de julho de 1992, no endereço: Sede na Rua Ilhéus, nº. 96 – Parque Cruz Aguiar, Rio Vermelho, Salvador, Bahia.
A APADA é uma Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do estado da Bahia, que não possui fins lucrativos, de Utilidade Pública Federal, foi fundada por um grupo de pais de deficientes auditivos em 08 de julho de 1992, no endereço: Sede na Rua Ilhéus, nº. 96 – Parque Cruz Aguiar, Rio Vermelho, Salvador, Bahia.
Os trabalhos são voltados para o Programa de Educação, onde são atendidas crianças e jovens com deficiência auditiva, com acompanhamento psicossocial, psicopedagógico e encaminhamento fonoaudiológico. Programa de Inclusão da Pessoa Surda no Mercado de Trabalho, onde os jovens são orientados, encaminhados e acompanhados em empresas parceiras, no Município e Região Metropolitana.
Oferecemos também cursos de LIBRAS para profissionais, pessoas surdas e familiares, assim como cursos de capacitação profissional para jovens surdos e ouvintes com necessidades educacionais especiais, que têm sido realizados em parceria com o CEEBA, ADEP e a Associação Baiana de Cegos — ABC.
O curso de libras possui os níveis inicial, intermediário e avançado. É destinado as próprios deficientes da instituição à formação de professores e à comunidade em geral. Também oferecem cursos para empresas, secretarias de educação e escolas.
O mais interessante dessa instituição é que elas não possui fins lucrativos e dá uma ajuda muito grande aos deficientes auditivos não só ensinando LIBRAS mas sim dando um apoio muito grande para o deficiente e sua família com médicos especialistas para o deficiente auditivo e colocando ele na mercado de trabalho ou seja incluindo ele na sociedade para que ele não se sinta rejeitado.
APADA-BA. Quem somos. Disponivel em:<http://www.apada-ba.org.br/quemsomos.php>. Acesso em: 24 de nov. de 2013
Introdução à LIBRAS
A língua de sinais é uma ferramenta para a inclusão de deficientes auditivos na sociedade. O seu uso os insere na sociedade por meio da implantação da comunicação. Antes da língua de sinais ser implantada ou criada, acreditava-se que os deficientes auditivos não eram capazes de pensar, ou sofriam algum tipo de retardo.
Um dos grandes filósofos, Aristóteles, acreditava que, por não serem capazes de se comunicar, não conseguiam estabelecer a comunicação e não possuíam pensamento, eram incapazes da razão não concordando com o ensino ao surdo.
Na França foi criada a primeira escola pública (Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris) com o ensino da língua de sinais, pelo professor L'Epée, que lutava por direitos e pela educação dos surdos. Em seguida a língua de sinais foi desenvolvida por diversos países, como por exemplo, nos EUA e Brasil, sendo ambos (LIBRAS e Língua Americana de Sinais) vertentes da Língua de Sinais Francesa.
No Brasil a LIBRAS já é utilizada e oficializada como a segunda língua brasileira (Língua Oficial da Pessoa Surda) desde 2002. Sua utilização é essencial, pois ajuda no aprendizado e na sua integração sociocultural. A LIBRAS sofre alterações todos os anos visando uma melhoria na facilidade da comunicação entre indivíduos com e sem deficiência auditiva.
No Brasil a LIBRAS já é utilizada e oficializada como a segunda língua brasileira (Língua Oficial da Pessoa Surda) desde 2002. Sua utilização é essencial, pois ajuda no aprendizado e na sua integração sociocultural. A LIBRAS sofre alterações todos os anos visando uma melhoria na facilidade da comunicação entre indivíduos com e sem deficiência auditiva.
Outros meios que ajudam o processo de aprendizado da língua de sinais são a oralização através da escrita, onde há uma associação da forma escrita a forma gestualizada. Na LIBRAS há o alfabeto, onde cada letra se carateriza por um sinal diferente, e por isso o deficiente auditivo precisa saber a forma escrita da palavra para poder "soletra-la", tornando então o aprendizado através da escrita fundamental e quase que indispensável.
SENADO FEDERAL. Língua Brasileira De Sinais “Uma Conquista Histórica”. Disponível em < http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/pessoa_com_deficiencia/arquivos/Libras_Uma_conquista_historica.pdf >. Acesso em: 15 de nov. de 2013
Universidade Federal de Santa Catarina. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS. Disponível em < http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/historiaDaEducacaoDeSurdos/assets/258/TextoBase_HistoriaEducacaoSurdos.pdf > Acesso em: 15 de nov. de 2013
A difusão da LIBRAS na sociedade brasileira.
Fonte: http://danianepereira.blogspot.com.br/2013/07/curso-de-libras-linha-verde-interativa.html
Comunicação é uma necessidade
básica do ser humano, essencial para o seu desenvolvimento. Os
deficientes auditivos estão limitados por não se comunicarem pela
língua falada. Como inserir estes indivíduos na sociedade sem
proporcionar uma das necessidades básicas para o seu desenvolvimento
enquanto pessoa humana, a comunicação? A Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS) é um sistema de comunicação gestual e visual que
permite a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva e os
demais membros da sociedade brasileira.
Reconhecida e regulamentada pela Lei
no
10.436, de 24 de abril de 2002, a LIBRAS foi estabelecida como parte
integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nos cursos
de Educação especial, fonoaudiologia e magistério, pelo sistema
educacional federal, estadual, municipal e Distrito Federal (BRASIL,
2005). Isso Confere a formação de profissionais, sobretudo na área
de educação que tenham domínio da LIBRAS, o que vem a ser uma
medida atenuante das dificuldades enfrentadas pelos deficientes
auditivos, mas esta medida não difunde com eficácia a LIBRAS
enquanto via de comunicação.
A LIBRAS não é disciplina
obrigatória no sistema educacional do país, fundamental e médio e, em se tratando de nível superior, é disciplina optativa para a maioria
dos cursos. Como fazer a inclusão social dos deficientes auditivos
num contexto em que o mecanismo básico de comunicação utilizado
por eles não é amplamente difundido pelo sistema de educação do
país? Consta no Decreto no
5.626, de 22 de dezembro de 2005, o ensino da LIBRAS e também da
Língua Portuguesa, como segunda língua, para alunos surdos, desde a
educação infantil, como oferta obrigatória. Esses cidadãos têm o
direito assegurado por lei ao ensino da LIBRAS, mas se tornam aptos a
comunicar-se por via da LIBRAS e da Língua Portuguesa para
estabelecer comunicação com quem?
Esses cidadãos são inseridos no
mercado de trabalho como meros meios de produção, com as mínimas
possibilidades de relação interativa e uso de suas próprias
capacidades, pelo fato das outras pessoas não possuírem
conhecimento de LIBRAS.
Inserir a LIBRAS no sistema de
educação fundamental e médio, como disciplina obrigatória, seria
uma medida eficaz de difusão desta língua na sociedade brasileira,
favoreceria a inclusão real dos deficientes auditivos na sociedade.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto
no 5.626 de 22 de dezembro de 2005.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>.
Acesso em: 22 de nov. de 2013.
Ministério da Educação
e Cultura. Saberes
e práticas da inclusão.
Brasília, 2006. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdez.pdf>.
Acesso em: 22 de novembro de 2013.
Os deficientes e suas necessidades e suas dificuldades.
As pessoas com deficiência auditiva não são atendidas conforme suas
necessidades.

Quando se trata da educação podemos perceber que os professores enfrentam inúmeras dificuldades para poder incluir o educando com limitações auditivas no espaço escolar, pois são poucos os professores que sabem utilizar a língua de sinais (LIBRAS). Os deficientes auditivos têm uma grande dificuldade neste quesito, pois a grande maioria dos colégios possui um déficit na questão de inclusão desses alunos nas escolas. Devido esse déficit, os deficientes auditivos acabam aprendendo a fazer leitura labial se tornando um deficiente oralizado, mas, mesmo se tornando oralizado, as dificuldades continuam. Todas as escolas deveriam possuir uma estrutura e tradutores para poder acolher estes alunos que, assim como os alunos que não possuem deficiência, precisam estudar.
Não só em escolas estas dificuldades existem, até mesmo no mercado de trabalho as dificuldades estão presentes e bem frequentes e tendo como o primeiro obstáculo a ser vencido o preconceito que é uma luta diária a ser vencida pois não existe dia, nem hora e lugar para que o preconceito venha à tona e nem mesmo dentro da sua própria casa eles estão livres das dificuldades, pois a própria família precisa aprender a conviver com a diferença e até mesmo a televisão depois de tanto avanço na tecnologia não oferece nenhum beneficio aos deficientes nem mesmo tradutor as emissoras disponibilizam. Nós como cidadãos, deveríamos pensar mais em estratégias de como podemos inserir estes deficientes na sociedade. Precisamos dar a liberdade e opções de aproveitar mais as coisas que nós temos diante da grande sociedade e desta forma proporcionar benefícios diretos a eles, pois, assim como nós, eles precisam aproveitar melhor a vida utilizando todos os benefícios que a ela nos proporciona.
BALTAZAR, José Antonia, RODRIGUES,
Luciene, Rondon, Greicy. Limitações
do portador de necessidades especiais auditivas, quando da sua inserção na
sociedade e no trabalho. Bem como sua interação com a família. Psicologia.com.pt. O portal dos
psicólogos. Disponível em:
<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0016.PDF>. Acesso em: 23 de
nov. de 2013.
Disponível em:
<http://geoesfera08.blogspot.com.br/2008_10_01_archive.html>
Disponível em:
<http://geoesfera08.blogspot.com.br/2008_10_01_archive.html>
Acesso em: 26 de nov. de 2013.
A importância da LIBRAS para estabelecimento do diálogo.
O
diálogo é uma porta que conduz o homem à busca pela verdade.
Pensar, refletir, questionar, debater ideias, estes são mecanismos
próprios da natureza humana, frutos da sua evolução, permitem que
o homem permaneça constantemente evoluindo. O ato de dialogar
proporciona o uso veemente destes mecanismos. Sob este ângulo, não
seria a capacidade de dialogar uma das principais características
que distinguem o homem dos outros seres que habitam este planeta?
Na
Grécia Antiga, Sócrates estabelecia diálogos em
público, induzia o público a pensar e questionar, através da
ironia e maiêutica, diferentemente dos sofistas, que faziam uso da
retórica para expor seu conhecimento, mas não interagiam com os
interlocutores.
O
diálogo é importante para o desenvolvimento das relações,
estimula o pensamento crítico, contribui significativamente para
articulação de um pensamento, além de promover a maturidade
individual. Imaginemos se Albert Einstein, Thomas Edison, Charles
Darwin ou mesmo Aristóteles, o pai da Biologia (DURANT, 2000) fossem
portadores de deficiência auditiva, as dificuldades que
encontrariam, sobretudo no seu desenvolvimento intelectual. Como isto
afetaria o curso da história da humanidade e da ciência?
Não
é difícil pensar em todas as implicações que a pouca incidência
de diálogo, ou a inexistência deste, proporciona a um indivíduo. É
lastimável a realidade perpassa a vida dos deficientes auditivos,
todas as limitações que lhes são impostas pelo simples fato de não
se comunicarem através da via mais comum de comunicação: a
linguagem oral. Estes indivíduos têm, se não raras, poucas
oportunidades de estabelecer diálogo, suas interações,
relacionamentos e consequentemente seu desenvolvimento intelectual
são afetados pela dificuldade de comunicação. Com a exceção da
própria deficiência na audição, possuem todas as capacidades que
qualquer outro membro da sociedade possui.
No
Brasil, 9.722.163 pessoas são portadoras de deficiência auditiva.
Somente na Bahia, 765.471 pessoas são portadoras de deficiência
auditiva, dessas, 23.987 não conseguem ouvir de modo algum (GOVERNO
DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2012; BRASIL, 2011)
A
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) foi desenvolvida a fim de
estabelecer comunicação entre os deficientes auditivos e as outras
pessoas, é uma ferramenta útil para a integração real destes
indivíduos na sociedade, porém, a LIBRA não é difundida como
deveria, poucas pessoas têm conhecimento ou dominam a língua.
A
comunicação é vital para o desenvolvimento e formação do ser
humano. A difusão justa da LIBRAS iria assegurar a inclusão real
dos deficientes auditivos na sociedade, promoveria o diálogo entre
estes e os demais cidadãos e, consequentemente,
melhor qualidade de vida para esses cidadãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BRASIL.
Acesso à informação. IBGE Disponível em: .
<http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ba&tema=censodemog2010_defic>
Acesso em: 25 de out. de 2013
CÁRDIAS,
Siele Macagnan. O Diálogo como elemento
mediador de práticas educativas reflexiva. Disponível
em: <http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/022e4.pdf> Acesso
em: 23 de nov. de 2013.
DURANT,
Will. A História da Filosofia. Os
Pensadores. São Paulo-SP: Nova Cultural, 2000. Primeira ed. 1926.
Capitulo II: Aristóteles e a Ciência Grega.
GARCIA,
Daniel Espírito Santo. A importância
do diálogo e da escrita no processo de compreensão
dos conteúdos escolares: Um estudo com base na psicologia
histórico-cultural. Disponível em:
<www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT20-4620—Int.pdf>.
Acesso em: 21 de nov. de 2013.
Governo
do Estado de São Paulo. Ultimo censo do IBGE
revela: 45,6 milhões de pessoas com deficiência no país.
Secretaria
dos direitos da pessoa com deficiência. Disponível
em:
<http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=967>
Acesso em: 25 de out. de 2013.
Documentário Invisíveis pelo Silêncio

Logo de inicio há um choque em não conseguir ouvir o que o outro está dizendo e certa angústia pelo simples fato de não sabermos o que eles estão falando e o silencio continuo.
Para os surdos, a constante necessidade de "atenção", já que para entendermos o que eles estão falando precisamos olhar os sinais ou a gesticulação que ele está fazendo, faz o parecer insistentemente chato.


